segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Esperar...


Os caminhos são tantos,
Tantas portas por abrir...
Meu universo toca o dela,
Quero passar meus valores,
Minhas órbitas,
Tentar evitar a colisão,
Mas ela é seu astro,
E tudo o que posso
É esperar.

O núcleo é incandescente,
E sorrio no contorno de seu rosto.
A nova mulher é tão menina,
Como eu,
Tão seguro,
Como eu,
E é mais ela do que eu.

É flor, botão, caule e raiz.
E eu, que me nutro de dúvidas,
Quero a seiva que circula em seu olhar.
Clorofilo meus receios,
Para exalar certezas.
Fotossintetizo os silêncios
- Um certo respeito de tronco -
Somos frondosos.

Sem inverter os papéis,
Sou pai e guia,
Amigo e filha,
Mas nem tanto.
Sou o alicerce sob seus pés,
O trampolim de seus saltos,
A mão aberta da liberdade do vôo.
Mas sou também o ninho,
O galho do pouso,
O sol que aquece,
O ar que sustenta,
O bico que alimenta.

Enquanto que ela é minha antítese,
A guerreira que respeito,
A fé nos meus conceitos,
O novo da rebeldia,
A luz do momento escuro,
A revisão do meu passado
E a perfeição do meu futuro.

Te amo minha filha Laura !!!

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